O daltonismo é um tipo de deficiência visual em que o indivíduo não é capaz de reconhecer e diferenciar algumas cores específicas. Os sintomas podem manifestar de formas diferentes, de acordo com a intensidade do distúrbio. Geralmente, os sinais mais comuns são dificuldade de enxergar cores e suas diferentes tonalidades e brilhos.
A deficiência atinge cerca de dois milhões de pessoas no Brasil. A deficiência tem uma característica incomum, predominante no sexo masculino, em poucos casos afeta as mulheres, é o que alerta o médico Leonardo Araújo, oftalmologista e especialista em saúde ocular no Centro de Consultas Especializadas Iria Diniz.
“Esse distúrbio genético está ligado ao cromossomo X. Isso ocorre devido à falta de pigmentação em determinadas cores em células nervosas do olho, chamadas de cones, localizadas na retina”, destaca Leonardo.
Por ser uma doença recessiva, o daltonismo só irá se manifestar em pessoas que tiverem alterações em todos os cromossomos X presentes no corpo. Não existe raça, etnia especificas para desenvolver a doença.
Porém, não somente por herança genética as pessoas podem apresentar o daltonismo, mas algumas outras condições: Alzheimer, parkinson, diabetes, leucemia e anemia falciforme contribuem para o aparecimento do daltonismo, além do glaucoma e degeneração macular.
Prevenção
Segundo Leonardo, não existe uma prevenção quanto à doença. A má formação genética está diretamente ligada na formação dos genes e que ao ser diagnosticada, o que se inicia é um tratamento permanente para que o desenvolvimento da criança com daltonismo seja o mais natural possível.
Para Leonardo, o mais importante é conscientizar os pais quanto a doença e que eles sejam parceiros no desenvolvimento de seus filhos. Outro ponto destacado é que o paciente daltônico pode levar uma vida tranquila, já que suas funções vitais e sua visão não são totalmente afetadas.
“ Tratar o paciente com a maior normalidade possível, gera confiança e respeito a cidadania”, comenta o médico.
Existem três tipos de daltonismo:
Tratamento:
Ainda não existe um tratamento para tratar o daltonismo, por se tratar de uma doença genética. O que se pode fazer é melhorar a visão dessa pessoa com a utilização de óculos com filtros especiais que auxiliam na visão da pessoa com daltonismo. “ No futuro se espera uma melhoria significativa para os pacientes com daltonismo e que essas lentes possam contribuir na vida dessas pessoas”, concluiu Leonardo.
Repórter Jaiderson Henrique (sob supervisão Lucas Santos)